1992.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

1998 - 2002



Eram 16h30 e o sol ainda brilhava, tanto como o brilho do seu olhar.
Já a via no portão, ainda eu estava na sala de aula... quando foi dada a ordem de saída corri o mais que pude para lhe dar um beijinho com entusiasmo, e contar-lhe todas as letras que tinha aprendido naquele dia. Atenta, ouvia o meu discurso de menina e carregando a minha pesada mochila, perguntava se eu queria ir lanchar à pequena confeitaria perto do colégio, eu dizia com o maior sorriso do mundo, sim.
Tomado o leite com chocolate a meia torrada, voltava a devendar o mistério das ciências e a contar os números da matemática, saltando até à paragem do autocarro (...)
Com o coração nas mãos dizia-me "Joana tem cuidado com os carros" e eu apesar de muito feliz, amuava por não poder correr como corria o seu sentimento por mim. Eram 17h, e eu chegava a casa, corria para os braços dele e insistia para ir andar de mota, fazendo-me a vontade "encaixava-me" no lugar de trás da vermelha scooter. Íamos até à praia, ver o mar e o sol a brilhar, tanto quanto o meu estupefacto rosto de admiração. Depois, voltando a casa de novo fazia os deveres com a 'vigilância' dela, vendo os desenhos animados que tanto gostava.
Hoje, restam apenas lembranças dos lanches, dos passeios, dos deveres, mas o sentimento e a alegria existem e existirão para sempre!
Graças a eles, aqueles quatro anos tornaram-se memórias que irão permanecer para sempre.
Graças a eles, cresci, amadureci e sou o que sou hoje.
É por todos os dias que vos agradeço, obrigada, avozinha e avozinho.

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