1992.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Aranhas.

Vem, vem buscar-me! Estou aqui para ti, como sempre sonhaste!
Agora que me tens, é como se não quisesses saber mais, afinal, já conquistaste!
Parece-me a mim que és igual a todas as outras, dás a volta a cabeça a um gajo com o teu corpo, tens um rosto de anjo, o teu sorriso é tão celestial que quase acreditei que eras menina de coro, com as tuas palavras de guionista fizeste-me um filme tão bem feito, e eu caí na tua teia!
És incrível! É incrível, esta minha estúpidez que não acaba nunca, aliás, eu não aprendo nunca, caio sempre, sempre! E tu, nem precisaste sequer de me beijar para eu ir parar direitinho à tua rede!
Agora, que já me tens, lembras-te de mim quando queres e bem te apetece, não dás sequer pela minha falta, e eu, aqui, como um cão sempre a espera do dono, estou aqui para ti, à tua espera. Mas acho que não vens, nem virás mais... nunca mais.
Acho que mais uma vez, não passou de um conto, do género capuchinho vermelho, em que eu sou a miúda e tu o lobo, mas lembra-te, no final, não foi o capuchinho que acabou com pedras no estômago!

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