1992.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Começos.

Eu sei que um dia todas estas palavras vão servir de consolo ou de risos irónicos de quem nunca entendeu qual era o motivo para serem escritas.
As pessoas deixam sempre de ter paciência para continuar algo que começaram, e isso acontece com tudo o que começamos, tudo.
Confesso, eu nunca fui muito de escritas, apesar de (agora) até gostar de o fazer, sempre fui mais de pinturas, massagens e estética, e todos me diziam que na realidade eu devia ser fisioterapeuta, mas o que querem que faça, não gosto muito das complicações da ciência, e se já complicado perceber os humanos de cada vez que olhamos para eles quanto mais de cada vez que os tocamos.
Aquilo que eu percebo melhor nos humanos é que são um bocado chatos, aborrecidos e impacientes, nunca estão bem com o que lhes é fornecido, daí começarem e não continuarem o que começam.
Quando for mais velha e abrir a caixa onde guardo todos os manuscritos do que escrevo aqui, e de muitas mais recordações, esses manuscritos não vão passar disso, recordações, mas enquanto eu tiver motivos para escrever, eu espero continuar o que comecei e compilar tudo em várias lombadas, com capa e contra-capa, guardar num cofre para que alguém descubra e faça deles o que quiser, porque é o que eu faço, faço o que quero.

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