1992.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Escrita e Razão.

Tu és subtil e manhosa. Tens mil e uma maneiras de me atacar e consegues sempre fazer-me cair nos teus braços e perder-me nesse teu mundo recheado de satisfação e liberdade, e, é verdade, eu não podia pedir melhor!
Tu, mesmo que eu não queira, enrolas-me e enrolas-me, fazes-me mais de cem carícias e dás-me milhões de beijos, e eu caio em ti, mais uma vez, não consigo resistir-te, tu és imbatível e eu gosto demasiado de ti para te desiludir e não cair redonda na tua teia.
És uma musa que canta para me enfeitiçar, como aquelas que Camões descreve n'Os Lusíadas, e parece-me a mim que ele também foi levado por ti, tu não me amas só a mim como dizes quando queres que eu vá na tua onda, tu amas-me a mim e a pelo menos mais uns 50.000.000 de nós.
Mas acredita que tu és algo que eu não me importo de partilhar... Eu sei que apesar de te dividires em mais de 50.000.000 de pedaços há um que está especialmente destinado a mim.
Eu vou estar aqui sempre para ti, sempre, por quantos anos eu viva e reviva, eu vou estar aqui à tua espera, à espera que voltes a fazer-me mais uma promessa de amor eterno para que eu caia nos teus braços de novo. Enquanto eu respirar tu vais ser a minha maior fuga, e de todas as vezes que tu chamares eu vou estar presente! Vou transformar-te na minha melhor amiga, e fazer-te andar sempre comigo, minha verdadeira razão.

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